Funcionários do HGRS comemoram resultados com jogo em Pituaçu


Funcionários do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) formaram dois times de futebol no gramado do Estádio de Pituaçu, em Salvador, para comemorar os bons resultados da instituição de saúde. Realizada na manhã desta terça-feira (8), a ação faz parte da campanha ‘Amigos do Roberto Santos’, que acontece durante todo o mês de novembro para conscientizar a população sobre a necessidade do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), adotado na unidade desde 2015. O procedimento permite dar prioridade aos casos mais graves e otimizar o tempo para pacientes de média e alta complexidade.

Segundo o diretor-geral da unidade, Antônio Raimundo Almeida, o objetivo da iniciativa é ajudar a divulgar, também internamente, a importância do ACCR, além de valorizar os profissionais da emergência. “Esses profissionais são submetidos a estresse intenso, trabalham o ano inteiro, durante 24 horas, incluindo sábados, domingos e feriados. São os servidores da emergência que lidam com situações de conflito, de violência, de morte, e não param de trabalhar nunca. Essa é uma campanha para nos unirmos, estarmos todos juntos, inclusive ouvindo essas pessoas, com a ajuda de psicólogos, terapias alternativas e tudo que possa acolher e tratar ainda melhor esse pessoal, que é a nossa ‘linha de frente’”, explicou o diretor-geral.

No estádio, médicos, enfermeiros, técnicos, maqueiros e vigilantes vestiram a camisa dos seus times em um disputa acirrada. A partida terminou com empate e a consagração de todos como verdadeiros ‘Campeões da Emergência’. Para a técnica de enfermagem Georgina de Sena, a ação foi uma das grandes realizações que ela pôde vivenciar como servidora do hospital.

“Para mim, esse momento foi único, sou servidora pública há 25 anos e nunca vi o que estou vivendo hoje, de poder confraternizar com meus colegas, todo mundo junto. É um momento de descontração e de alegria que ajuda até a aliviar o estresse do dia a dia. O evento foi muito bom para todos”, afirmou Georgina. A partida teve parceria da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Superintendência dos Desportos (Sudesb), e apoio do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), Sabore, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 

Classificação de risco

Os profissionais do Roberto Santos têm motivos para comemorar os bons resultados alcançados também fora de campo, como a redução de 40% do número de óbitos de pacientes da emergência, em comparação com o ano passado, quando foi adotado o procedimento. Para isso, a ACCR classifica os pacientes com as cores vermelha, para os que precisam de atendimento imediato, laranja e amarela. Isso mudou a rotina do hospital, que é referência em casos de média e alta complexidade no estado.

Segundo o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, a adoção da classificação de risco permitiu um atendimento de melhor qualidade e sem deixar de prestar o primeiro acolhimento a quem procurar a unidade. “Antes todos os pacientes eram atendidos sem os critérios estabelecidos e, por isso, a emergência vivia cronicamente superlotada. Após a implantação do ACCR, pacientes com quadros menos graves são encaminhados às Unidades Básicas de Saúde ou para as UPAs, permanecendo no hospital aqueles que demandem atendimento de alta complexidade hospitalar”, conta o secretário. 

Vilas-Boas destaca que “houve uma redução expressiva do volume de atendimentos e uma mudança de perfil de atendimento, que saiu de baixo risco para alto risco. A mortalidade reduziu significativamente, fruto de uma maior atenção e cuidado dos médicos por aquele grupo de pacientes que realmente precisam ser atendidos com a maior brevidade possível”.


Fotos: Alberto Coutinho/GOVBA



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