A farsa da camará municipal e da prefeita de Barreiras para engana o povo



Na última semana, em festiva reunião no gabinete do gestor municipal, o presidente da Câmara Municipal devolveu ao município o que restou dos duodécimos pagos pela Prefeitura no ano de 2017. 



As sobras totalizaram o montante de R$ 152.089,06. Na ocasião o presidente do nosso legislativo, acostumado a proferir discursos de pouca monta, alguns até risíveis, afirmou que há alguns anos a prefeitura não recebia devolução da Câmara. Faltou com a verdade o homem do “carrão azul”, pois no exercício de 2016 a gestão do ex-vereador Tito devolveu aos cofres públicos quase R$ 1.731.026,50, ou seja, 11,38 vezes mais do que o atual devolveu em 2017.

Há de considerar, ainda, que naquele ano, (2016) além da substancial devolução, a Câmara investiu na compra de equipamentos para a sua TV, porém muitos deles não foram utilizados, a exemplo do link que propiciaria transmissões diretas da sua programação, evitando abusivas repetições na sua programação, causando assim desinteresse de muitos por sua grade. Quando algumas notícias locais são vinculadas, quase sempre aconteceram quando o assunto já foi digerido por toda mídia local.

Ainda sobre os duodécimos vimos no site do Tribunal de Contas dos Municípios, que no ano de 2016 a Câmara recebeu R$ 12.166.419,80, com média mensal de R$ 1.013.867,90 por mês. Em 2017 foi pago ao legislativo R$ 13.292.784,36, média mensal de R$ 1.107.732,02. Vale dizer, pois, que na atual administração o legislativo recebeu a mais do que na administração anterior, exatos R$ 1.126.369,56.

Saliente-se, ainda, que na administração sob a responsabilidade do ex-vereador Tito, em 2016, a devolução foi de R$ 1.731.026,50, entre aquisição de equipamento para a TV Câmara, de aproximadamente R$ 866.026,50 (Veículos, equipamentos para TV Câmara, Computadores, Impressoras, Cadeiras Executivas, Estabilizadores, Condicionadores de Ar, Note Books, Iluminação Cênica, Câmeras Infra Vermelho, Bebedouros, Elevador, Caixas de Som, Aparelhos de TV, Estofados  e cerca de R$ 865.000,00 de duodécimos.

Na atual gestão não houve investimento, a não ser uma cara reforma (uns acharam-na desnecessária) no piso do plenário e pinturas dos gabinetes, no valor de R$ 360.000,00, a qual ainda não foi paga.

A licitação para pagamento à imprensa não foi efetuada, pois é voz corrente que duas tentativas foram feitas, mas não foram do agrado do presidente, que já tem a sua "agência preferida".

Ouvi de alguns vereadores, até mesmo da base, queixas quanto inserções de entrevista do presidente, em detrimento dos direitos de muitos deles, principalmente os da oposição. Uma incongruência.

Mesmo com a premissa de proibição de autopromoção na condução da coisa pública, não é recomendável tal tipo de comportamento, que no dia a dia desmoraliza aceleradamente a classe política, hoje combalida em função das seguidas noticias sobre corrupção.

A festa realizada, então, fica desvalorizada se consideramos os valores acima. A empáfia, pelo visto, foi inconsequente, insossa e sem plausibilidade.


Itapuan Cunha
Analista da Política 

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