134 mortes e 199 desaparecidos; Seis baianos continuam desaparecidos



Os bombeiros confirmaram, nesta segunda-feira (4), 134 mortes, sendo 120 corpos identificados e 199 desaparecidos na tragédia de Brumadinho, ocorrida no último dia 25, na região metropolitana de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Em nota enviada ao BNews, a Vale confirmou que está disponibilizando assistência e auxílio funeral para as famílias das vítimas fatais atingidas pelo rompimento da barragem I da Mina do Córrego do Feijão, "sejam empregados próprios, prestadores de serviço ou comunidade".
Questionado sobre os baianos desaparecidos, a Vale esclarece que "sobre a identificação das vítimas, para manter a privacidade das famílias dos atingidos pelo rompimento da barragem I, em Brumadinho, dados pessoais estão sendo preservados. A prioridade  máxima é o atendimento às pessoas afetadas, com todo apoio e assistência necessárias".

Ainda segundo a empresa, a assistência funeral é feita por meio de uma empresa especializada. A cobertura inclui procedimentos como despesas com cartório, incluindo certidão de óbito, translado de corpos, urnas, adornos, jazigos, sepultamento e afins. Para atender aos familiares das vítimas, uma equipe especializada está de plantão no Instituto Médico Legal (IML). Quem preferir, também poderá solicitar o serviço de atendimento psicossocial nos Postos de Atendimento ou pelos canais de contato da empresa, abaixo informados. Além da
assistência, haverá o pagamento do auxílio funeral para as famílias das vítimas fatais, no valor de R$3.928,34, efetuado após identificação do beneficiário e confirmação de seus dados cadastrais e bancários.
Outros atendimentos
Uma equipe de voluntários e profissionais, entre médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, está à disposição das vítimas e familiares nos Postos de Atendimento (PAs). A Vale já providenciou cerca de 10.200 itens de farmácia, e o volume de água mineral entregue já passa de 7.900 litros. A empresa também disponibiliza acomodações para a comunidade atingida. O apoio às vítimas e seus familiares
continua sendo a prioridade da empresa.
Todas as informações estão sendo atualizadas no site.
Serviço
Postos de Atendimento:
- Estação Conhecimento de Brumadinho
- Ginásio Poliesportivo, Brumadinho (sede)
- Escola de Casa Branca
- Associação Comunitária Parque da Cachoeira
- Centro Comunitário Córrego do Feijão
- IML - BH
- Hotel Intercity BH (próximo ao IML)
- Hotel Go Inn BH
Telefones para informações:
0800 031 0831 (Alô Brumadinho)
0800 285 7000 (Alô Ferrovia - prioritário)
0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale)
O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman afirmou em Brumadinho que a Vale criou um grupo de trabalho que nos próximos dias apresentará um plano para elevar o padrão de segurança das barragens da empresa. O objetivo, segundo ele, é superar os parâmetros mais rigorosos existentes hoje no Brasil e no mundo. 
Em nota, A Vale afirma que "quanto ao descomissionamento de barragens anunciado, informamos que as minas onde estão as barragens são: Barragem 8B, Barragem B3/B4, Barragem Fernandinho, Barragem Forquilha I, Barragem Forquilha II, Barragem Forquilha III, Barragem Grupo, Barragem I, Barragem Sul Superior e Barragem Vargem Grande. As minas não foram paralisadas. As unidades terão sua produção paralisada
após as autorizações dos órgãos competentes para que o processo de descomissionamento seja iniciado e as empresas sejam contratadas". 
Baianos desaparecidos
Os baianos Carlos Augusto Santos Pereira e Cássio Cruz Silva Pereira, pai e filho naturais de Mata de São João, estão entre os desparecidos na tragédia ocorrida na cidade mineira de Brumadinho. Uma prima de Carlos e Cássio, afirma que o seu tio Luiz Cláudio, que mora em Brumadinho, está acompanhando os trabalhos de resgate. Carlos e Cássio, que trabalhavam em Brumadinho há dois anos, estavam no refeitório da Vale quando a barragem rompeu. Com os trabalhadores naturais de Mata de São João, já são sete os desaparecidos.

Além de Carlos Augusto Santos Pereira e Cássio Cruz Silva Pereira, estão desaparecidos o soteropolitano Tiago Coutinho do Carmo, 34 anos; e os santamarenses Alex Mário Moraes Bispo, 22 anos, Ademário Bispo, 51, e George Conceição de Oliveira.  

Já Ednilson dos Santos Cruz, de 23 anos trabalhava no terreno da mineradora Vale quando a barragem de rejeitos rompeu. Ednilson é natural da cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, mas morava em Mário Campos (MG), a cerca de 8 km de Brumadinho, há 10 anos. Assim como os outros seis baianos desaparecidos, Ednilson era funcionário de uma empresa terceirizada, que prestava serviços para a Vale. O jovem era casado e a esposa dele está grávida de uma menina. Ele foi encontrado no dia 28 por familiares que trabalham como voluntários no local da tragédia. O sepultamento aconteceu dia 29, na cidade de Mário Campos, e foi custeado pela Vale. 

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