Crivella afirma que há motivação política em abertura do processo de impeachment



O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), reuniu a imprensa, nesta quarta-feira (3), para falar da abertura do processo de impeachment aprovado pela Câmara na véspera. A denúncia foi formulada pelo ex-servidor da Fazenda Fernando Lyra. Ele aponta suposto crime de responsabilidade por conta da renovação de contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018, que teriam favorecido as empresas OOH Clear Channel e JCDecaux.
 
De acordo com a denúncia, as empresas tinham 20 anos para explorar o serviço e, depois disso, o material passaria a pertencer ao município. Uma emenda, no entanto, foi apresentada pelo Poder Público para renovar a concessão, causando prejuízos aos cofres públicos. O prejuízo chegaria a R$ 20 milhões, segundo a oposição. Crivella disse que o autor da denúncia, o ex-funcionário da Secretaria de Fazenda Fernando Lyra, só entrou com o processo depois que foi demitido.
 
"Ele agora que foi demitido acha que é irregular e não tem despesa nenhuma de R$ 20 milhões. É uma forma de cobrar propaganda de rua. Uma forma de cobrar propaganda de rua. E as empresas que têm esse mobiliário já tinham entrado na Justiça na época do Cesar Maia para não pagar do jeito que ele (servidor) acha que tem que ser pago", disse Crivella.
 
Trinta e cinco vereadores votaram pela admissibilidade do processo e 14 contra. Crivella continua no cargo, mas terá que enfrentar uma investigação. O prefeito diz que a denúncia não faz "o menor sentido".

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