Jornal Cidade

Relator apresenta novo texto da reforma da PrevidĂȘncia




Antes de ir para votação no PlenĂĄrio da CĂąmara dos Deputados, o texto da reforma da PrevidĂȘncia teve outra alteração. ApĂłs apresentar a nova redação a lĂ­deres da base aliada, o relator da matĂ©ria, deputado Arthur Maia (PPS-BA), confirmou as mudanças nesta quarta-feira (7).
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A novidade ficou por conta da inclusĂŁo de pensĂŁo integral para viĂșvos e viĂșvas de policiais mortos em combate. Vale ressaltar que a regra nĂŁo vale para policiais militares, pois eles jĂĄ estĂŁo inseridos no regime de aposentaria prĂłprio da categoria.

As aposentadorias rurais e o Benefício da Prestação Continuada (BPC) continuam fora da reforma, ou seja, as regras para esses benefícios permanecem como estão. Além, disso, o novo texto manteve a diminuição do tempo de contribuição de 25 para 15 anos para trabalhadores da iniciativa privada que desejam se aposentar com valor parcial.

No entanto, Arthur Maia destaca dois pontos que o governo nĂŁo abre mĂŁo no texto da reforma. “É inegociĂĄvel tirar da proposta o estabelecimento de uma idade mĂ­nima para aposentadoria. TambĂ©m Ă© inegociĂĄvel tirar a isonomia entre o setor pĂșblico e o privado. NĂŁo Ă© razoĂĄvel que um servidor pĂșblico possa se aposentar com atĂ© R$ 33 mil, e os servidores do setor privado com apenas R$ 5.500”, disse.

Ainda de acordo com o parlamentar, pode haver negociaçÔes no dia da discussĂŁo em PlenĂĄrio. Durante entrevista nesta quarta-feira (7), o lĂ­der do governo na CĂąmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tambĂ©m fez mençÔes Ă  reforma da PrevidĂȘncia.

Na ocasiĂŁo, disse que a sociedade começa a entender a necessidade de mudanças nas regras para aposentadoria. “Acho que a sociedade percebe agora a necessidade, e tem a consciĂȘncia de que, de fato, Ă© imprescindĂ­vel reformara PrevidĂȘncia Social brasileira”, afirmou.

O deputado disse ainda que o governo trabalha com a possibilidade de o texto ser votado atĂ© o dia 28 deste mĂȘs.
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Déficit
A Secretaria da PrevidĂȘncia do MinistĂ©rio da Fazenda apresentou recentemente os nĂșmeros da PrevidĂȘncia relativos ao ano passado. De acordo com o balanço, o dĂ©ficit no setor chegou a R$ 268,79 bilhĂ”es, rombo 18% maior do que o registrado em 2016. O resultado Ă© a soma dos prejuĂ­zos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos Regimes PrĂłprios dos Servidores PĂșblicos (RPPS) da UniĂŁo.

Para a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, o rombo da PrevidĂȘncia Ă© um problema que, no futuro, pode acabar com o pagamento dos benefĂ­cios. “NĂŁo tem dinheiro para investir em Educação e SaĂșde, e a questĂŁo Ă© que se a gente nĂŁo resolver esse problema, nem os servidores pĂșblicos vĂŁo receber suas aposentadorias”, afirmou.

Servidores pĂșblicos

Para os servidores pĂșblicos, a regra sobre o tempo mĂ­nimo de contribuição vai ser diferente em comparação ao regime dos contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pelo novo texto apresentado nesta quarta-feira (7), para ter acesso ao benefĂ­cio, os servidores pĂșblicos tĂȘm que contribuir com a PrevidĂȘncia por 25 anos. Tanto no caso de servidores pĂșblicos como da iniciativa privada, quem quiser receber o valor integral da aposentadoria terĂĄ de contribuir por 40 anos.

Segundo o relator da proposta, deputado Arthur Maia, as mudanças diminuem a injustiça em relação aos trabalhadores da iniciativa privada, que correm o risco de serem demitidos e deixarem de contribuir por um tempo.

“As estatĂ­sticas mostram que, em regra, quem estĂĄ no serviço pĂșblico contribui por mais tempo, por terem estabilidade no emprego. Na iniciativa privada, o trabalhador fica um perĂ­odo desempregado, aĂ­ deixa de contribuir, depois volta a contribuir, depois fica de novo sem contribuir. EntĂŁo nĂłs resolvemos fazer essa distinção”, argumenta o relator.
#aposentadorias

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