Por Lauriberto Pompeu
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a busca por partidos tradicionalmente distantes do PT. Ao mesmo tempo que insiste na campanha pelo voto útil, na tentativa de encerrar a disputa no primeiro turno, Lula tem procurado adversários com o objetivo de selar acordos para uma possível segunda rodada da disputa. A equipe petista também tem conversado com parlamentares de partidos do Centrão, que hoje apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A nota divulgada ontem pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) animou o comitê de Lula. O PSDB integra a coligação de apoio à senadora Simone Tebet, candidata do MDB. Os dois partidos, porém, estão divididos: abrigam alas que respaldam tanto Lula quanto Bolsonaro. Em nota, FHC recomendou que os eleitores “votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação do nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das nossas instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional”.
“A expectativa maior, sobretudo do PT, é de que algumas lideranças se manifestem eventualmente a favor do Lula já no primeiro turno. Eu não vejo nenhum sinal expressivo e forte de que isso vá acontecer no momento”, disse ao Estadão o ex-presidente do PSDB José Aníbal. O tucano, que foi procurado no ano passado pelo petista José Dirceu para que apoiasse Lula, disse estar com a candidatura de Simone, que tem a senadora Mara Gabrilli (PSDB) como vice. Questionado sobre um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro (PL), Aníbal respondeu que considera o atual presidente pior.
Fonte: Agência Estado
