Câmara vota denúncia que pede 'impeachment' de acusados na Último Tango




A Câmara de Correntina, no extremo oeste baiano, pode dar um passo decisivo nesta terça-feira (2) quanto à situação dos vereadores denunciados na Operação Último Tango . É que a Casa vai votar pelo recebimento ou não de uma denúncia que pede a cassação dos seis vereadores acusados. A ação foi encaminhada por um advogado natural de Correntina. Vagner Rocha se baseou no artigo 5° do Decreto-Lei 201/67 que permite que qualquer eleitor – desde que munido de provas com exposição dos fatos – possa fazer a denúncia.

A sessão desta terça será presidida pelo presidente da Câmara Ebraim Silva Moreira, o Ebraim Dentista, e começa às 19h30. Caso os vereadores votem pelo recebimento da denúncia, os colegas acusados podem ser afastados do cargo. Atualmente, apenas o ex-presidente da Câmara Wesley Campos Aguiar, o Maradona, tido com o líder da organização criminosa, está afastado das funções.

Após ser preso, ficar foragido  e voltar a ser preso de novo , Maradona foi solto mediante pagamento de fiança de R$ 30 mil após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) . Ainda assim, o edil cumpre medidas cautelares. Não pode entrar no prédio da Câmara, por exemplo.

Os outros vereadores denunciados são Jean Carlos Pereira dos Santos, o “Jean da Guarda”; Nelson da Conceição Santos, o “Nelson Carinha”, Juvenil Araújo de Souza, o “Babado Pimenta”, Adenilson Pereira de Souza, o “Will” e Milton Rodrigues de Souza, o Militão. Conforme o MP, os vereadores são acusados de cobrar propina para aprovar projetos do prefeito, mediante mesadas de R$ 50 mil, além de fraudar licitações, e de se apropriar de parte de salário de servidores e de cotas de combustíveis pagos pela Câmara.

O nome Último Tango faz alusão a um gênero de música popular da argentina, país onde nasceu o jogador de futebol Maradona, nome em que também é conhecido o ex-presidente da Câmara de Correntina.


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