Novo Bolsa Família será de R$ 400 para “todo mundo, sem exceção”

 Governo planeja pagar o Auxílio Brasil a partir de novembro, mas ainda busca solução sobre o teto de gastos



O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (21.out.2021) que o Auxílio Brasil será pago no valor de R$ 400 para todos os beneficiários do atual Bolsa Família. O governo tenta viabilizar o pagamento do novo programa social, que precisará de recursos fora do teto de gastos públicos.

“O auxílio emergencial está chegando ao fim. Nós já acertamos o novo valor do Bolsa Família, que chama-se agora Auxílio Brasil. A média do Bolsa Família era de R$ 192 e muita gente recebia R$ 40, R$ 60, R$ 80 por mês. Nós acertamos que o novo Bolsa Família será de R$ 400 para todo mundo, sem exceção”, declarou em evento em Sertânia (PE).


Na 4ª feira (20.out), o governo anunciou reajuste de 20% nos benefícios do Bolsa Família e o pagamento de um auxílio extra para que todas as famílias atendidas pelo programa recebam pelo menos R$ 400 por mês por um período transitório.

A previsão do governo é começar os pagamentos do Auxílio Brasil a partir do mês que vem, já que em outubro é paga a última parcela do auxílio emergencial. O governo também planeja aumentar o número de beneficiários do programa de 14,7 milhões para 16,9 milhões.


Mais cedo, nesta 5ª feira (21.out), o presidente reafirmou que o governo não vai furar a regra do teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400. Na 4ª feira (20.out), afirmou que “ninguém vai furar o teto” e que não será feita “nenhuma estripulia no Orçamento”.

Apesar de o governo ainda não ter uma solução para bancar o novo Bolsa Família, o presidente também anunciou nesta 5ª feira (21.out) que o governo concederá uma ajuda para caminhoneiros autônomos afetados pelo aumento no preço do óleo diesel.

“Decidimos então, os números serão apresentados nos próximos dias. Nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel”, disse.

Bolsonaro culpou as medidas restritivas adotadas contra a covid-19 pelo aumento da inflação no país. “As consequências do ‘fica em casa’, da tentativa de quebrar a economia, estamos pagando um preço alto com inflação em alimentos, preço de combustíveis e gás de cozinha. O mundo também vem sofrendo com isso de forma mais grave do que nós”, afirmou.


“São momentos difíceis, mas nós não deixaremos ninguém para trás. Lamentamos tudo isso, mas fazemos o melhor. Tanto é que eu posso afirmar que o Brasil é um dos poucos países que menos sofreu com a questão da economia por ocasião da covid e é um dos países que melhor está se saindo dessa crise também”, declarou Bolsonaro.


O presidente participou nesta 5ª feira (21.out) da cerimônia de inauguração do Ramal do Agreste na cidade de Sertânia, em Pernambuco. O evento faz parte da Jornada das Águas, uma série de viagens do governo para inaugurar e anunciar obras de infraestrutura hídrica.


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